03/04/2009

CONTAGEM DO TEMPO DE SERVIÇO... é no mínimo estranho, para não dizer, escandaloso!

Actualizado dia 8/4/2009 às 20:36

A estranheza, começa num ou outro "post", difundido pela blogosfera, e que o Sr. Deputado Vasco Franco, respondeu às perguntas emanadas pelo cidadão Abreu dos Santos (Pai), e que me foi enviado por e-mail, que quase se transforma em telenovela, qual romance policial. Não sou de fazer juizos de valor, muito menos de acusar alguém, sem provas, mas as incongruências das declarações deste senhor, são no mínimo curiosas, senão vejamos:
1 - Tudo começa, com o e-mail, dirigido ao ilustre Deputado de todos nós, dando conta do seguinte:

O leitor de um semanário informava ontem, dia 31 de Março de 2009, que «apesar de ter apenas 50 anos de idade e de gozar de plena saúde, o socialista Vasco Franco, "número dois" do PS na Câmara de Lisboa durante as presidências de Jorge Sampaio e de João Soares, está já aposentado», considerando-se também a sua «contagem do tempo de serviço [...] outro privilégio raro», designadamente porque «três anos foram para o serviço militar» e daquele «recebe ainda mais € 900 de outra reforma, por ter sido ferido em combate em Moçambique já depois do 25 de Abril».

Acaso não seja "mentira do 1º de Abril", imprescindível se torna saber, ao certo:
1. Em que Unidade das FA's portuguesas prestou serviço militar aquele senhor Vasco Franco;
2. Em que precisos local, data e circunstância terá «sido ferido em combate em Moçambique»;
3. Se está inscrito na ADFA.
4. E onde pode ser consultado o processo que apreciou os alegados "ferimentos em combate" e, por tal, lhe concedeu a citada pensão vitalícia de 900€ mensais.


a msg infra, foi reenviada às 14:50 de hoje, 01Abr2009, para o email institucional do deputado Vasco Franco

Anteriormente na Blogosfera e na imprensa, já circulava isto:




2 - E o que é que este nosso ilustre Deputado resolveu responder, vejamos:

data 2 de Abril de 2009 11:17
assunto RE: Correio do Cidadão: Contagem do Tempo de Serviço

Apesar do tom pidesco da sua mensagem, esclareço que fui ferido num acidente em acção de campanha, numa coluna que sofreu dois ataques, em momento diferente do acidente, quando se deslocava entre Marrupa e Mecula (sede da minha companhia), no Niassa, norte de Moçambique. Conservo numa perna os ferros que foram colocados na altura. Sou um dos sócios mais antigos da ADFA e sou sócio da Associação de Operações Especiais.
Com os melhores cumprimentos

Vasco Franco

PS: A notícia que circula na net e em vários jornais tem um conjunto de falsidades. Eu tenho 57 anos, aposentei-me com 30 anos de serviço efectivo e 39 anos de descontos (fiz descontos em dobro correspondentes a 9 anos de trabalho como autarcas, como a lei permitia na altura – hoje já não permite, por decisão do actual governo) e com base no valor dos descontos realizados nos doze anos anteriores, que incidiram sobre a remuneração como autarca. Basta perceber alguma coisa de função pública para saber que um vereador ganha mais do que um técnico superior de 1ª classe (ao contrário do que diz a notícia).

Vamos então, explanar o seu "curriculum":




Data de Nascimento: 27-04-1952 (BI nº 2052970)
Habilitações Literárias: Curso Geral do Comércio.
Cargos exercidos: Oficial Miliciano do Exército Português com a Especialidade de "Operações Especiais" e Comissão de Serviço em Moçambique.
Comissões Parlamentares a que pertence: Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias; Comissão de Saúde; Subcomissão de Administração Interna.

3 - Mas a troca de mimos continua, e assim sendo, seguimos às trocas de e-mails:

De: Abreu dos Santos
Enviada: quinta-feira, 2 de Abril de 2009 12:57
Para: Vasco Franco
Cc: Liga dos Combatentes; Assoc. dos Deficientes das FA's; Assoc. de Comandos; Assoc. de Especialistas da FAP; Assoc. de Fuzileiros; Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra; Assoc. dos Combatentes do Ultramar Português; Assoc. dos Antigos Combatentes do Algarve; forum@terraweb.biz; historiasdaguerra@correiomanha.pt
Assunto: Re: Re: Contagem do Tempo de Serviço


Exmº Sr. Deputado Vasco Seixas Duarte Franco,
Agora, falta ainda retractar-se da insinuação de "tom pidesco" com que acintosamente adjectivou a legítima indagação, tão somente relacionada com o seu serviço militar, a qual ficou – e se mantém –, substantivamente, sem qualquer resposta.
Atentamente,
João Carlos Abreu dos Santos
(BI *********) Omitido pelo autor deste blog
(veterano do Ultramar)

4 - Ao que este respondeu:

2009/4/2 Vasco Franco
para Abreu dos Santos
data 2 de Abril de 2009 16:21
assunto RE: Re: Contagem do Tempo de Serviço
Meu caro


Não sei que resposta pretende mais? Saber quantos meses estive internado no Hospital Militar de Nampula, onde fui operado, e no Hospital da Estrela onde fiz parte da reabilitação? Quem era o meu comandante de companhia… Penso que a sua “legítima indignação” parte de um pressuposto que eu não posso aceitar, que é o de que ao fim destes anos todos tenho que justificar algo que está justificado à partida. Sendo veterano sabe, como eu, o que aparentemente quem inventou a noticia não quis saber: o período que se seguiu ao 25 de Abril foi um dos mais duros da guerra no Niassa e em Cabo Delgado, porque a Frelimo queria ganhar peso negocial. Morreu muita gente nesse período, incluindo um dos camaradas do meu grupo de combate. E, realmente, desculpe que lhe diga, quem tinha tanta curiosidade pela vida das pessoas, era mesmo a PIDE…

Cumprimentos

Vasco Franco

5 - E para finalizar, não podia, o nosso ilustre, deixar de ficar sem mais uma "pedrita" no sapato, e a certeza das TAIS INCONGRUÊNCIAS que vos falei no início:


De: Abreu dos Santos
Enviada: quinta-feira, 2 de Abril de 2009 17:10
Para: Vasco Seixas Duarte Franco
Cc: Liga dos Combatentes; Assoc. dos Deficientes das FA's; Assoc. de Comandos; Assoc. de Especialistas da FAP; Assoc. de Fuzileiros; Associação Portuguesa dos Veteranos de Guerra; Assoc. dos Combatentes do Ultramar Português; Assoc. dos Antigos Combatentes do Algarve; forum@terraweb.biz; historiasdaguerra@correiomanha.pt
Assunto: Re: Re: Contagem do Tempo de Serviço (parte 3)

Exmº Sr. Deputado,
Vasco Seixas Duarte Franco, nascido em 27Abr1952, «Oficial Miliciano do Exército Português com a Especialidade de "Operações Especiais" e Comissão de Serviço em Moçambique», Por meio do s/email , às 11:17 de 02Abr2009 informou para este email privado, que:
– «Fui ferido num acidente em acção de campanha, numa coluna que sofreu dois ataques, em momento diferente do acidente, quando se deslocava entre Marrupa e Mecula (sede da minha companhia), no Niassa, norte de Moçambique. Conservo numa perna os ferros que foram colocados na altura.»

Considerando a data de seu nascimento, não é credível que, com apenas 20 anos tivesse sido incorporado no Exército, feito a recruta e especialidade, e ainda nesse mesmo ano [1972] mobilizado e colocado no norte de Moçambique. A não ser, que tivesse voluntariamente ingressado nas fileiras.
A outra hipótese, tomando como correcto o pormenor disponível no respectivo CV online, como Alferes Miliciano com a especialidade de Operações Especiais – a qual somente era (é) obtida no CIOE-Lamego (quantos COEsp's ali foram ministrados em 1973?) –, terá sido mobilizado para prestar serviço na RMM em rendição individual e para aquela marchou, provavelmente, em finais de 1973 ou princípios de 1974.

Ora, em Mecula – sede do subsector militar AML que abrangia todo o nordeste distrital do Niassa –, à data de 25Abr74 estavam aquarteladas as seguintes Subunidades do Exército:
– a CArt3558 (subunidade operacional do BArt3887/RAL3-Évora), juntamente com o Batalhão e respectiva CCS, desde finais de Abr72 (mês de chegada a Moçambique) até cerca de Jun74, quando o mesmo BArt3887 foi recuado para a cidade da Beira;
– e a 3ª/BCac19 (subunidade da guarnição normal da RMM), na área de Mecula mas acantonada no Candulo e adstrita ao citado BArt3887, desde Abr72 até ser extinta pouco após o "Acordo de Lusaca" (07Set74).

Além disso, a única unidade que, em 25Abr74, se encontrava aquartelada em Marrupa – sede do subsector militar ARU que, muito mais a sul de Mecula, abrangia todo o vasto leste distrital do Niassa), era o BCav3888/RC3-Estremoz, saído de Lisboa em 27Jul72 e chegado àquele destino em 31Ago72, dali tendo saído ainda antes do "Acordo de Lusaca" [07Set74] e chegado a Lisboa em 24Set74. No entanto, além da 3ª/BCac14 (subunidade da guarnição normal da RMM), nenhuma das respectivas subunidades operacionais esteve colocada em Marrupa; nem em Mecula que, tal como acima indicado, pertencia a outro subsector.
Aliás, nenhumas outras Unidades ou Subunidades do Exército, entre Abr72 e Jun74, estiveram aquarteladas em Mecula e/ou em Marrupa.

Assim, terá Vasco Seixas Duarte Franco prestado serviço militar em «Mecula (sede da minha companhia), no Niassa», numa outra Unidade ou Subunidade, que não as acima mencionadas, em vista do que se mantêm as seguintes perguntas:

1. Em que exacta Unidade das FA's portuguesas prestou serviço militar o sr. Vasco Franco;
2. Em que precisos local, data e circunstância ocorreu o «acidente em acção de campanha» (que originou ter «numa perna os ferros que foram colocados na altura» e, por tal facto, ser desde há anos pensionista de 900€ mensais).

Note-se que estas questões estão implícitas em texto apócrifo e que, pelo menos desde 24Set2005, circula pela blogosfera sem que, até à data, tivessem merecido do visado quaisquer esclarecimentos, apesar de – como só agora vem afirmar, mas através de email privado –, o mesmo conter «um conjunto de falsidades».

Eis aqui uma belíssima oportunidade para, tanto através da imprensa como recorrendo a blogues e respectivos comentários, o visado poder vir finalmente desmontar o tal «conjunto de falsidades», uma por uma. Ou então, processar criminalmente "por injúria e difamação", o desconhecido autor do «conjunto de falsidades».
O que tenho por certo, é que o sr. Vasco Seixas Duarte Franco, militante de um partido politico, ex-autarca e actual deputado na AR, não pode nem deve – tal como outros seus pares, de qualquer partido político sem excepções –, tomar como «tom pidesco» umas quantas perguntas que, sobre o assunto lhe foram colocadas, correcta e educadamente, em domínio privado. Apesar de, bem vistas as coisas, se tratar de matéria que não é de seu fôro privado. É público.
E não valerá a pena tentar vislumbrar em tudo isto um qualquer intuito politiqueiro-eleiçoeiro. O sr. Vasco Franco teve todo o resto do ano de 2005, e todo o 2006 e 2007 e 2008, para
esclarecer. A Bem da Nação. Mas não o fez.
Atrevo-me a sugerir que pondere responder, não por email mas em comunicado de imprensa, aos centos de milhar de homens que andaram de canhota na mão, no mato.

Atentamente,
Abreu dos Santos

Nota do autor deste blog: Tudo que aqui acima está descrito, decorre do livre direito de cidadania, e da liberdade de expressão, não foi a fingir, e muito menos a brincar. Existe um poder, que é nosso, de exercermos a nossa cidadania, está nas nossas mãos deixarmos de ser como carneiros, e enfiarmos o rabinho entre as pernas enquanto todos eles se governam à nossa custa.

Actualizado em 8/4/2009

6 - Mas a "novela" continua, e recebi hoje mais uns capítulos, ora atentem:

de Vasco Franco
data 3 de Abril de 2009 10:00
assunto RE: Re: Contagem do Tempo de Serviço (parte 3)

Não sei onde foi buscar a data de 1972 para começar a fazer as suas contas. Como começou na data errada, tudo o mais não bate certo.
Respeito muito aqueles que entendem dar a conhecer a forma como viveram as suas experiências no ultramar, mas entendo que me reservo o direito de considerar isso matéria do foro privado. Ainda assim:
- Fui incorporado no RI 5 (Caldas da Rainha) em Abril de 1973; Fui fazer a especialidade no CIOE (Lamego) logo a seguir; Formei Batalhão nos Açores, no BI 18 (Arrifes, São Miguel); A instrução operacional no RI 1 (Amadora); A minha unidade em Moçambique foi o BC 4813/BI 18/RMM; Este Batalhão foi desmembrado, ficando o comando em Tete e a minha companhia no Niassa; A 3ª Companhia do BC 4813 foi a última unidade portuguesa presente em Mecula.
- Sou sócio da ADFA desde 1974.

A notícia que tem referido e difundido corre na net desde 2002. Teve origem numa notícia do Expresso, parcialmente desmentida no mesmo jornal, na edição seguinte (coisa que nunca interessou a quem se ocupa a divulgar isto). Como imagina seria tarefa impossível processar todos os que fazem um clique para divulgar pelas suas listas de endereços o que lhes chega a dizer mal dos outros… Além disso os tribunais não deixariam de atribuir a um mero equívoco situações que são falsas como a que lhe referi (e que pode verificar facilmente: um vereador ganha mais do que um técnico de 1ª) e outras, como a contagem do meu tempo de serviço efectivo no MAI. São situações que no conjunto atacam o carácter de uma pessoa, mas que, infelizmente, não serviriam para condenar ninguém.

Cumprimentos

Vasco Franco

7 - A seguir vem o Email dos nosso interlocutor:

2009/4/3
Exmº Sr. Deputado,
Vasco Seixas Duarte Franco, ex- «Oficial Miliciano do Exército Português com a Especialidade de "Operações Especiais" e Comissão de Serviço em Moçambique»,

Agradeço a sua recente resposta à 1ª questão – que às 14.50 do pretérito dia 1 lhe havia apresentado –, qual era singelamente conhecer «em que exacta Unidade das FA's portuguesas prestou serviço militar».
Contudo, ainda se arroga «o direito de considerar isso matéria do foro privado».
Ora, do Estado é, de alguns anos a esta parte, beneficiário de uma pensão por «acidente em acção de campanha», pelo que tal "matéria" é de fôro público.
E assim sendo, sem sombra de quaisquer dúvidas, mal se entende em que deontologia sustenta a sua reserva em esclarecer a 2ª questão, e que se mantém inconclusa:
– Em que precisos local, data e circunstância ocorreu o «acidente em acção de campanha» (que originou ter «numa perna os ferros que foram colocados na altura» e, por tal facto, ser desde há anos pensionista de 900€ mensais).

No entanto, àquela acresce agora razoável dúvida, consequente à informação de que foi «incorporado no RI 5», Unidade militar que, como é sabido, à época apenas ministrava recruta/formação ao nível da Classe de Sargentos. Tendo em vista o seu CV online – designadamente a parte em que divulga ter desempenhado funções de «Oficial Miliciano do Exército Português com a Especialidade de "Operações Especiais" e Comissão de Serviço em Moçambique» –, questiono informalmente, e uma vez mais em matéria que não é restrita de seu fôro privado:
– Enquanto ao serviço da 3ªBCac4813/74-BII18, no norte de Moçambique, era Furriel Miliciano graduado em Alferes?

Ademais, e porque anteriormente testemunhou que «morreu [...] nesse período [...] um dos camaradas do meu grupo de combate» – mas quanto àquele Batalhão apenas existem nesta data registos oficiais de dois mortos-em-campanha, ambos da 2ªCCac –, apelo ao seu respeito pela memória daquele seu camarada-de-armas, dignando-se referi-lo pelo nome.

E quanto ao mais que pormenoriza, ao caso nada de interesse vinha, nem vem, "difundir"; e, muito menos, replicar.

Atentamente,
Abreu dos Santos

...e ainda

Exmº Sr. Deputado,
Vasco Seixas Duarte Franco, ex- «Oficial Miliciano do Exército Português com a Especialidade de "Operações Especiais" e Comissão de Serviço em Moçambique»,

Em complemento de anteriores email, anexo ao presente digitalizações de notícias de imprensa(*), publicadas em 20Out2002, em 29Nov2005 e em 31Mar2009.

– «A notícia que circula na net e em vários jornais tem um conjunto de falsidades.» (Vasco Seixas Duarte Franco 'dixit' às 11:17 de 02Abr2009)

Da mais recente e legítima indagação – note-se que é indagação (e não "indignação") –, remetida às 16:29 de 03Abr2009, até ao momento não se dignou dar como recebida, sequer responder.

Cumpre assim, desde já, desmontar um "conjunto de falsidades".

1. Ressalvado o maior e devido respeito por cada um que ficou, de facto, "deficientado" (seja, incapacitado em maior ou menor grau) no corpo e/ou na mente em resultado de acções em campanha, enquanto ao serviço das FA's Portuguesas, certo é que intitular-se «sócio da ADFA», é atribuição – tout-court e para a grande maioria dos portugueses – onde tudo pode caber. Pois que o sr. Vasco Franco seja sócio da ADFA, a qual tem normas precisas de admissão de sócios, a mim me parece abusivo que o mesmo se intitule «deficiente das forças armadas», tanto mais que em tantos anos de serviço público nunca ninguém lhe notou deficiência alguma, a nível físico e/ou psíquico.

2. E «ferido "em combate"», todos sabemos que não é o mesmo que «ferido "por acidente em acção de campanha"»...

3. Desconheço qual a «notícia do Expresso, parcialmente desmentida no mesmo jornal, na edição seguinte (coisa que nunca interessou a quem se ocupa a divulgar isto)».
O que agora sei, é que as sucessivas «notícias» continham (contêem)
na realidade um «conjunto de falsidades».
Entre elas, a afirmação de ser «deficiente das forças armadas», é uma falsidade: quando e onde foi desmentida?
E mais uma, a afirmação de ter sido «ferido em combate», também é uma falsidade: quando e onde foi desmentida?
E ainda uma outra, a de, apenas com o CSM do RI5, poder ter chegado a «Oficial Miliciano»: quando e onde foi desmentida?

Atentamente,
Abreu dos Santos

(*) as digitalizações são as que estão mais acima no meio deste post

8 - E por fim, a resposta a este último e-mail:

de Vasco Franco
para Abreu dos Santos
data 9 de Abril de 2009 11:43
assunto RE: O "tom pidesco" e o "conjunto de falsidades" (parte 4)
As mentiras que acaba de divulgar são caluniosas e serão tratadas no local próprio.
O senhor sabe menos de forças armadas do que julga saber. Só um exemplo: eu nunca fui furriel e não fui graduado em oficial. No tempo em que prestei serviço militar eram seleccionados os melhores classificados na recruta do RI 5 para passarem aos cursos de oficiais milicianos. Foi o que aconteceu comigo. Frequentei o curso de oficiais milicianos do CIOE, saí de lá como aspirante e fui para Moçambique como alferes.
Do resto tratará o meu advogado.

Vasco Franco


13 comentários:

Larose disse...

os meus parabéns, gostava de saber fazer o mesmo ......esse tipo de pesquisa ao ponto de saber quais as companhias e tempos que estiveram em Moçambique....... que lamechices à parte, conheço pessoalmemte a maior parte de aldeias que aí refere!

Anónimo disse...

Excelente post, aproveito para chamar atenção da revista Visão desta semana, num lado Isaltino Morais afirma que ficar com dinheiros que sobraram das campanhas eleitorais além de outras ilegalidades que confessou é pratica comum de todos os políticos, já noutro lado Murteira Nabo afirma que enganou o Estado porque oito milhões de Portugueses fazem o mesmo, ainda aproveita para se gabar que um sócio da PT lhe ofereceu um mapa do Botswana com as cidades marcadas com diamantes, ficamos também a saber que é casado com uma prima do Jorge Coelho e chegou a ser governador de Macau quando o Melancia do fax veio para Lisboa.
Quando os políticos se insultam entre si chamando ladrões uns aos outros tudo bem nós já sabíamos que eles o são, agora quando um ladrão vem afirmar que oito milhões de Portugueses enganam o Estado como ele só afirmo uma coisa, Murteira Nabo tenha cuidado com esquinas escuras e não volte a passar no mesmo passeio que eu, quanto ao seu insulto fácil acerca de oito milhões de Portugueses serem ladrões como você, acrescento: meta a sua mãe e a sua mulher a render porque você não vale nada.
Para finalizar relembro a sociedade entre Sócrates, Fátima Felgueiras e Armando Vara na bomba de gasolina, juntem estes nomes todos e pasmem!

Tiago Soares Carneiro disse...

Parabéns Pulseira

ELES andam aí mas já não nos fazem calar.

Abraço
TC
http://democraciaemportugal.blogspot.com

A. João Soares disse...

Bom artigo. É preciso denunciar todos atropelos à moralidade e à legalidade.
Mário Soares defende o direito a manifestar a INDIGNAÇÃO e Cavaco Silva diz que deve combater-se a resignação.
Este post está em sintonia com ambos, pelo que merece aplausos.

Abraço
João Soares

Anónimo disse...

Não sou adepto destes "reformados dourados" que infelizmente são muitos. Mas só com rigor se pode atacar esta gente. Vasco Franco pode ter sido muito bem Alferes Miliciano tendo feito a recruta nas Caldas da Rainha. Por testes psico-técnicos uns recrutas seguiam para Mafra outros para Lamego, onde lhes era ministrada a Escola de Oficiais.

Maria João Carvalho disse...

Acho que qualquer reforma que choque o comum dos contribuintes deve ser investigada a fundo. Acumular pensões é errado, pro natureza, principalmente quando Sócrates retirou as benesses que Portas deu aos veteranos que ainda estão no activo. O facto de poderem trabalhar não retira nada ao passado desdes heróis esquecidos.
Não percebo porque é que uns são filhos e outros enteados. Talvez Vasco Franco possa explicar.

Anónimo disse...

Benvindo Gonçalves diz:
Também eu me apresentei nas Caldas da Rainha em 1973 no Curso de Sargentos Milicianos.
Também a mim, por força das médias dos testes e das provas físicas, me foi proposta a ida para Mafra para o Curso de Oficiais Milicianos tirar a especialidade de ATIRADOR, que recusei.
Preferi ser FURRIEL de TRANSMISSÕES, que ALFERES ATIRADOR, até porque não se sabia quando a guerra iria acabar, e, manifestamente eu não era um adepto de fardas, mas pretendia cumprir o meu dever cívico com dignidade e o menor risco.

Anónimo disse...

A Ultima deste senhor tive conhecimento a muito pouco tempo, Tirou uma licenciatura em 1 ano, recentemente numa faculdade de lisboa, para poder receber mais uma reforma como tecnico superior, pois até então apenas tinha o 9ºAno.
É conhecido como colecionador de reformas...
Volta Salazar...

*rosam@r disse...

parabens pela investigaçao.
quanto às reformas, acho inadmissivel q alguns ao fim de poucos anos se possam reformar, seja qual for o sitio onde trabalhem, enquanto a maioria dos portugueses tem q trabalhar até aos 65 anos, o mesmo se aplica aos cursos tirados ao domingo para se subir na carreira.
eu tenho o 9º ano se alguem me arranjar um canudo eu nao me importo nada, embora ja nao vá a tempo de ir buscar uma reforma choruda,
abraço
rosamaria

JC Abreu dos Santos disse...

Esclareço Rosa Maria e, por extensão, os demais comentaristas e visitantes deste "postal", que o conteúdo investigativo é de minha integral e exclusiva lavra, cabendo a Fernando Marques toda a responsabilidade editorial, por sua exclusiva iniciativa.
Pessoa amiga, em data muito recente fez-me chegar conhecimento de que este inconcluso assunto ainda estava a merecer comentários, que agradeço mas em nada contribuem para o esclarecimento da matéria em causa, pelo que decidi encerrar o mesmo. Assim, e na parte que interessa ao domínio público, infra reproduzo uma sucessão de três mensagens electrónicas (vg email), por mim - João Carlos Abreu dos Santos (senior) -, recebidas e/ou expedidas, e cuja difusão, nesta data e por este meio, sem prévia solicitação ou sugestão de quem quer que seja, é de minha única e exclusiva responsabilidade, e com específico intuito da elucidação de eventuais interessados em matérias sujeitas a escrutínio... da "soberania popular".

Em 9 de Abril de 2009 (11:43), o (então) deputado socialista Vasco Seixas Duarte Franco - actual Secretário de Estado -, remeteu para a minha mailbox, a seguinte "resposta" à legítima indagação, particular e directamente dirigida 8 dias antes por email ao visado, cidadão português, estritamente na sua singular qualidade de ex-Alferes Miliciano de Infantaria com a especialidade de Operações Especiais e que, por breve tempo [14Jun74-04Out74] no (então) Ultramar Português, prestou serviço militar na 3ª/BCac4813 comandada pelo cap. mil. António Ferreira Beirão Belo, colocada junto ao aldeamento de Mecula (nordeste distrital do Niassa) e onde, «devido ao acordo de cessar-fogo com a Frelimo, a partir de Set74, a actividade operacional limitava-se à defesa imediata do aquartelamento»:
---<>---
assunto: RE: O "tom pidesco" e o "conjunto de falsidades" (parte 4)
As mentiras que acaba de divulgar são caluniosas e serão tratadas no local próprio.
O senhor sabe menos de forças armadas do que julga saber. [...] Do resto tratará o meu advogado.
Vasco Franco
---<>---

(parte 1/3)

JC Abreu dos Santos disse...

(parte 2/3)

Em 16 de Abril de 2009 (17:08), remeti sob reserva ao editor do Pulseira Electrónica, um email, no qual - além de questões relativas à forma e modo como naquele weblog o "assunto" terá sido recebido e foi tratado -, esclareci o seguinte que, pelos motivos supra aduzidos, desde agora fica aqui exposto:
---<>---
assunto: Email privado. E alguns esclarecimentos.
Quanto ao teor do s/post:
1 – «Vasco Franco, respondeu às perguntas emanadas pelo cidadão Abreu dos Santos (Pai), e que me foi enviado por e-mail»:
1.1 - [...] Desejo saber quem [email], desde início da "legítima indagação", começou a reenviar a m/ 'quest' para o s/endereço pulseira.eletronica@gmail.com;
1.2 - Em se tratando de assunto (àquele momento ainda) não público [e que não deveria vir a ser, pois que resposta alguma foi concedida] - seja, matéria privada em vista de estar a ser tratada entre dois indivíduos, muito embora c/c aberto a instituições ligadas ao objectivo das perguntas feitas -, mal se entende que a "pulseiraelectronica" não haja procedido ao devido contacto com esta origem, antes de, incorrectamente, por intermédio da blogosfera vir lançar gasolina-na-fogueira; e, o que é mais, sem adiantar seja o que fôr de substantivo para o esclarecimento, no caso, público, sobre qualquer umas das quatro essenciais perguntas;
1.3 - O visado, que ao caso me não interessa pessoalmente qual figura pública seja ou não, à data de "entrada do post" de modo algum «respondeu às perguntas».
2 – «Apesar do tom pidesco»:
2.1 - Aqui, ficou o caldo-entornado. Já tinha ouvido falar no Tom Jones, no Tom Waits, no Tom Cruise, no Tom & Jerry e também nos Tonton-Macute, [sem esquecer o "Tom Beige"... que dá com tudo]. Agora fiquei a conhecer, tão só de alcunha, o Tom Pidesco. Ainda estou à espera que me seja apresentado, ao vivo, pelo rapazote (que, como se sabe, era apelido do ministro do Interior, em cujo "ministério fascista" o nosso imberbe democrata foi «admitido» - com cunha? -, pouco antes de "ir prà tropa").
2.2 - «Ferido num acidente em acção de campanha»: Desde, pelo menos, 06Jul2002 (ver "Expresso" nº1549) - momento em que o visado tinha, de facto, 50 anos de idade -, a informação pública é de ter sido «ferido em combate», e em sucessivas repetições do assunto, em versão imprensa, a versão do «ferimento em combate» manteve-se inalterada e, o que é mais, inalterável porque ao visado, aparentemente, jamais interessou desmentir uma tal falsidade, que deslustra um «oficial miliciano de operações especiais» e demonstra absoluta falta de respeito por todos e cada um que tenha sido, na realidade, ferido (e mesmo morto) em combate.
2.3 - «Quando se deslocava entre Marrupa e Mecula (sede da minha companhia)»: Atentas as devidas proporções, seria o mesmo que «uma 'berliet' ter dado um solavanco», algures no trajecto entre Lagoa e Coimbra, «do qual resultou a projecção do militar que em consequência fracturou uma perna»; mas, também, fica sem se saber a «companhia», o local, a data.
2.4 - «Sou um dos sócios mais antigos da ADFA»: Ninguém perguntou se [o nº1604] era «um dos mais antigos»; e, o que é mais, isso não vem ao caso.
2.5 - «Sócio da Associação de Operações Especiais»: Ninguém perguntou se [o soldado-cadete 01557173] era sócio da AOE; e, o que é mais, isso não vem ao caso.

(fim da parte 2/3)

JC Abreu dos Santos disse...

(parte 3/3)

2.6 - «PS: A notícia que circula na net e em vários jornais tem um conjunto de falsidades»: Além de já conhecer o Conjunto-de-Saia-e-Casaco e o Conjunto Maria Albertina (entre outros) [como o Conjunto António Mafra, mas este não passou pela EPI... ], e de me ter sido virtualmente "apresentado" o Tom Pidesco, fiquei naturalmente com-a-pulga-atrás-da-orelha para que me seja apresentado o «Conjunto de Falsidades»: embora não emprenhe-pelos-ouvidos, espero, no entanto, que venha afinado.
2.7 - «Basta perceber alguma coisa de função pública para saber que [...]»: Em linguagem coloquial, estou absolutamente-nas-tintas para o conteúdo parcial ou total daquele 'post-scriptum', cujo teor é omisso a tratar do objecto das quatro simples perguntas feitas, univocamente no âmbito do desempenho militar, por alturas de 04 de Outubro de 1974, no distrito moçambicano do Niassa. É um pouco como aquela estória de quem aponta a Lua e o outro olha para o dedo...
[...]
4 – «Morreu muita gente nesse período»: E esta origem até sabe, muitíssimo bem, quando, onde, quem, de que unidade, em que circunstâncias, causas, etc, etc., «morreu nesse período», em Moçambique (e também em Angola e também na Guiné); mas, o que é mais, isso também não vem ao caso. É um pouco como aquela estória de quem aponta a árvore e o outro começa a falar da floresta...
4.1 - «Incluindo um dos camaradas do meu grupo de combate»: também ninguém perguntou nada; e ainda estou à espera que o senhor ex-alferes miliciano de infantaria com a especialidade de Operações Especiais, Vasco Seixas Duarte Franco, se digne referir, pelo nome, o «camarada do meu [dele] grupo de combate [da 3ª/BCac4813] [...] que morreu naquele período».
4.2 - «Desculpe que lhe diga, quem tinha tanta curiosidade pela vida das pessoas, era mesmo a PIDE…»: E ele a dar-lhe... !
Quanto ao resto da "net-novela", decorre da evidente pantominice de quem, escudando-se na ideia de que "não tem de prestar contas de nada a quem quer que seja", mete-os-pés-plas-mãos... e, para se defender, tenta ofender!
Ora, à mulher de César...
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(fim da parte 3/3)

JC Abreu dos Santos disse...

... e epílogo

E finalmente em 17 de Abril de 2009 (12:49), também a título absolutamente pessoal e reservado, remeti a um meu amigo, ex-militar, um email que, tal como os dois precedentes e pelos mesmos motivos supra aduzidos, desde agora fica aqui exposto:
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assunto: O "Tom Pidesco" e o "Conjunto de Falsidades" (descomplicar)
Caro Amigo [...],
Conforme prometido, li com muita atenção, tudo quanto ficou escrito e replicado ao conhecimento de Vasco Franco.
Considerando que, até ao momento, o ex-alferes miliciano OEsp Vasco Seixas Duarte Franco, nada mais escreveu nem disse de sua... justiça, ficam as demais perguntas feitas, no pretérito dia 1 [de Abril de 2009, por email às 14:50], correcta e educadamente, ao visado - e às quais não se dignou minimamente responder -, a aguardar oportunidade adequada para eventuais novos contactos relacionados com tal individualidade.
A informação que anteriormente detinha, e bem assim outra que entretanto obtive ou, a título confidencial, me foi proporcionada, não consente que possa admitir insinuações, pior, afirmações, seja qual fôr a origem, de que por m/parte existiam ou existam quaisquer «reticências à honestidade do amigo Vasco». Nem, de perto ou longe, estaria ou poderá estar em causa a honestidade de outrém. Também, porque desta origem não há juízos de intenções - é "mania" na qual, felizmente, não fui educado -, não aceito que sobre a minha pessoa sejam produzidos quaisquer juízos de intenções.
Uma coisa, é a ignorância atrevida, de comentadores vindos à frente para lançar gasolina na fogueira. Outra, por vezes naquela alimentada, a chico-espertice de réplicas enviesadas e concluídas em ameaças.
Atente-se no que está perguntado, desde o pretérito dia 1 [de Abril de 2009, por email às 14:50], de forma simples e clara. E nas subsequentes... "respostas".
Antes de concluir, não posso deixar de aqui lembrar uma pequena regra de ouro da cordialidade, muito usada também em relações diplomáticas internacionais (e cito de memória, porque de há muito a conheço e pratico):
– «Keep your words soft and sweet. Just in case you may have to eat them.»
[...], na tua qualidade de recém-voluntário 'peacemaker', e desconhecendo eu que demais destinatários de precedentes t/email têm sido por ti "notificados das démarches", solicito e desde já agradeço que aos mesmos repliques esta m/msg.
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Conclusão: a ausência dos esclarecimentos devidos, por parte do visado, seja por via privada seja por desejável 'press-release', é por si mesma um esclarecimento.
E com esta minha última intervenção neste espaço bloguístico, dou assim e definitivamente, por esclarecido um "tema" que - sem minha autorização -, passou a circular na internet mas que - até ao momento, pelo menos aparentemente -, morreu na praia...

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